sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Teologia

As Sagradas Escrituras constituem o livro mais notável jamais visto no mundo. São de alta antigüidade. Contêm o registro de acontecimentos do mais profundo interesse. A história de sua influência é a história da civilização. Os melhores homens e os maiores sábios têm testemunhado de seu poder como instrumento de iluminação e santidade, e, visto que foram preparados por homens que “falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo”, a fim de revelar o “único Deus verdadeiro e Jesus Cristo a quem ele enviou”, elas possuem por isso os mais fortes direitos à nossa consideração atenciosa e reverente.” – Angus-Green.
Nossa atitude para com as Escrituras em si é que determina em grande parte os conceitos e as conclusões que tiramos de seus ensinamentos. Se as temos na conta de autoridade plena nos assuntos de que tratam, então suas afirmações positivas constituem para nós a única base da doutrina cristã.
A. Sua Canonicidade ou Autenticidade.
I. Seu Significado.
Por canonicidade das Escrituras queremos dizer que, de acordo com padrões determinados e fixos, os livros incluídos nelas são considerados partes integrantes de uma revelação completa e divina, a qual, portanto, é autorizada e obrigatória em relação à fé e à prática.
A palavra “cânon” é de origem cristã e derivada do vocábulo grego “kanon”, que por sua vez provavelmente veio emprestado do hebraico “kaneh”, que significa junco ou vara de medir, daí tomou o sentido de norma ou regra. Mais tarde veio a significar regra de fé, e finalmente, catálogo ou lista. Gl. 6:16.


Deve ser compreendido, entretanto, que a canonização de um livro não significa que a nação judaica, por um lado, ou a Igreja Cristã, por outro, tenha dado a esse livro a sua autoridade; antes, significa que sua autoridade, já tendo sido estabelecida em outras bases suficientes, foi conconhecer que cada um dos livros canônicos possui uma qualidade que determinou sua aceitação. Foi percebida a sua origem divina, por isso foi aceito.“ “A canonização do seqüentemente reconhecida
como de fato pertencente ao Cânon e assim declarado.“ – Gray. “Deve se relivro importava em: 1) o reconhecimento de que seu ensino era, em sentido especial, divino; 2) a conseqüente atribuição ao
livro, pela comunidade ou seus guias, de autoridade religiosa.” – Angus-Green.
II. Provas.
As Escrituras não exigem credulidade cega por parte daqueles que
examinam a fim de estudá-las, mas, sim, crença inteligente fundamentada
na base de fatos críveis.
1. O Cânon do Antigo Testamento.
“O Antigo Testamento não contém nenhum registro da canonização de qualquer livro ou coleção de livros, mas sempre reconhece os livros
como possuidores de autoridade canônica.” “São falhas todas as teorias que consideram a canonização dos livros do Antigo Testamento como obra do povo. A autoridade canônica e
seu reconhecimento são duas coisas distintas. Prova-se por três considerações
que a decisão do povo não foi a causa da canonicidade. 1. Naqueles tempos, a autoridade não era considerada como proveniente do povo, mas sim de Deus. Tal teoria crítica colocaria à força
o princípio da civilização moderna nos tempos antigos. A fim de que os livros fossem reconhecidos por Israel, era necessário possuírem autoridade canônica prévia, pelo contrário, Israel não teria reconhecido. Eram canônicos pelo fato de ser divinamente inspirados e de
possuir autoridade divina desde sua primeira promulgação.

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